Ator de maior bilheteria no país de 2012 para cá, desde a estreia da franquia Até Que a Sorte Nos Separe, Leandro Hassum volta às telas na semana que vem, com a promessa de oxigenar as bilheterias nacionais com uma experiência diferente de suas habituais neochanchadas: Não Se Aceitam Devoluções. Encarado como um diferencial na carreira do astro (apontado por parte da crítica como seu melhor trabalho), o longa-metragem de André Moraes é um remake do sucesso mexicano, escrito e dirigido por Eugenio Debez em 2013, que já foi adaptado por Omar Sy (Intocáveis) para a França em 2016, em Uma Família de Dois. A adaptação para o Brasil junta riso e dor caminhando para o drama rasgado em seus momentos finais, o que pode surpreender os fãs de Hassum.
"Fico honrado com esse lugar que me colocaram na comédia, de ser alguém que consegue se comunicar com todo o Brasil pelo humor. Mas sou um cara que adora ler roteiro atrás de boas histórias. Se aparecer uma boa história de serial killer, eu vou fazer", disse ao Omelete.
Não se Aceitam Devoluções põe Hassum no papel de Juca Valente, um malandro do Guarujá que vira dublê ao se ver obrigado a cuidar de um bebê, Emma, que dizem ser sua filha. Valente assume o papel de pai e faz da menina (Manuel Kfouri) a criança mais feliz do mundo até que a mãe dela aparece.
"É muito dificil lidar com um remake, sobretudo de uma história com tanto sucesso, mas tentei valorizar a questão da paternidade. Quando minha filha, Pietra, era pequena, e eu estava num intervalo entre trabalhos, era eu quem levava para o parquinho, que trocava fralda", afirmou Hassum, hoje com 44 anos.
Ainda neste ano, ele volta aos cinemas com Candidato Honesto 2 e com Chorar de Rir, no qual vive um comediante que sonha fazer um drama. Tem ainda pela frente Amor Dá Trabalho.
"O cinema hoje é o amor da minha vida. É o lugar que mais se aproxima do clima de improviso e de aprendizado do meu início de carreira no teatro", revela Hassum, que vai refilmar a comédia argentina Coração de Leão, vivendo um homem de estatura diminuta. "Minha filha, que agora tem 18 anos, vai fazer o filme comigo".
