Filmes

Entrevista

“Com horror a pobre, Caco Antibes parece o Bolsonaro”, diz diretora de Sai de Baixo – O Filme

Cris D’Amato leva para os cinemas o humorístico sobre família de trambiqueiros do Arouche

10.06.2018, às 13H41.
Atualizada em 10.06.2018, ÀS 14H00

Apesar da ausência de Vavá (uma vez que seu intérprete, Luis Gustavo, não pôde filmar, por problemas de saúde), a família mais famosa do Largo do Arouche – com Cassandra, Magda e o incontrolável Caco Antibes – continua aplicando seus trambiques por aí, inclusive no cinema, onde o longa-metragem inspirado pelo humorístico Sai de Baixo está previsto para estrear até o fim do ano. Diretora campeã de bilheteria, responsável por blockbusters como a franquia SOS – Mulheres ao Mar, Cris D’Amato roda o filme no Rio até o dia 21, indo pra São Paulo para a semana final. Quem produz o projeto é Daniel Filho, cineasta por trás de sucessos como Se Eu Fosse Você. Até Tom Cavalcante voltou a conviver com Caco e cia., de volta ao papel de Ribamar. Na trama, é ele quem vai hospedar seus antigos patrões, já que o apartamento deles foi leiloado.

Globo/Divulgação

 “É curioso dirigir um projeto em que os personagens já estão prontos, bem estabelecidos na sua cabeça e no imaginário popular há uns 20 anos. Às vezes eu fico na dúvida se estou nesse projeto como diretora ou apenas como condutora, uma vez que os atores já conhecem tudo sobre os personagens”, reflete Cris. “A gente não tem o Luis Gustavo dessa vez nem a Claudia Jimenez, mas todo mundo voltou. E eu tive que manter uma tradição que são os erros e os cacos nas gravações. No papel de Cassandra, a Aracy Balabanian ri o tempo todo durante as filmagens. Não dá pra cortar esse riso”.   

No longa, o personagem Caquinho, filho de Caco e Magda que nasceu na temporada de 1999, já estará um jovem adulto, interpretado pelo ator Rafael Canedo. Também estão no elenco nomes como Lúcio Mauro Filho, Katiuscia Canoro, Castrinho e Cacau Protásio, como Cibalena, uma manicure que se apresenta como "design de unhas". 

O Caco saiu da prisão, mas ainda tem horror a pobre. Ele parece o Bolsonaro. Rio muito dele, mas não o admiro como pessoa. Mas como personagem, ele caiu no gosto do Brasil, pelo talento enorme do Miguel Falabella”, diz Cris. “É curioso ter um personagem preconceituoso como Caco num set de cinema, que, pra mim, sempre foi um ambiente sem preconceito”.

A série ficou no ar na Rede Globo entre 1996 e 2002, e chegou a ter episódios inéditos em 2013, no canal Viva.

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Omelete no Youtube

Confira os destaques desta última semana

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.