Tom Hanks diz que pode atuar mesmo após morte, com inteligências artificiais

Seriam as novas tecnologias, como as deepfakes ou as muitas formas de inteligências artificiais, suficientes para continuar o legado dos astros de Hollywood? Durante uma entrevista ao The Adam Buxton Podcast, Tom Hanks disse acreditar que sim. 

Ao refletir sobre o assunto, ele relembrou sua primeira experiência direta com tecnologias tão avançadas na captura de rostos e criação de personagens, que ocorreu em 2004 durante a produção do filme natalino O Expresso Polar, dirigido por Robert Zemeckis. "Vimos isso chegando, vimos que haveria essa capacidade de transformar zeros e uns de dentro de um computador em um rosto e um personagem. Isso só cresceu exponencialmente desde então e agora vemos isso em todos os lugares", disse Hanks.

Para ele, devido às tecnologias, agora é possível para ele propor vários filmes nos quais ele apareceria com 32 anos: "agora, qualquer pessoa pode se recriar em qualquer idade por meio da IA ou da tecnologia deepfake. Eu poderia ser atropelado por um ônibus amanhã e é isso, mas as performances podem continuar e continuar e continuar".

Aproveitando a atual greve do Sindicato dos Roteiristas, Hanks também revelou que outros sindicatos, além de agências e escritórios de advocacia, estão discutindo as implicações legais dos rostos dos atores: "Certamente é um desafio artístico, mas também é um desafio legal". "Sem dúvida, as pessoas serão capazes de perceber [que é IA], mas a questão é se importarão. Há algumas pessoas que não se importarão, que não farão essa distinção," concluiu.

Vale ressaltar que existe um projeto em andamento que envolve a manipulação do rosto do astro. Trata-se de Here, novo longa de Robert Zemeckis, que o reunirá com Robin Wright, sua parceria em Forrest Gump - O Contador de Histórias. A empresa Metaphysic, já conhecida por fazer deepfakes de Tom Cruise no Twitter cuidará dos efeitos, que serão usados de forma “extensiva” na nova produção (via THR).