Música

Entrevista

Sofi Tukker fala ao Omelete sobre o show no Lollapalooza e a criação de sua sonoridade única

Tucker Halpern explica as referências e o amor pelo Brasil

06.04.2018, às 16H39.
Atualizada em 07.04.2018, ÀS 01H02

Logo no começo do domingo, último dia do Lollapalooza, a dupla Sofi Tukker subiu ao palco ao calor de 31 graus. A apresentação que eles fizeram ficou definitivamente como um dos melhores momentos do festival  inteiro; eles tiraram um público surpreendentemente grande do chão, e ficaram visivelmente emocionados com a plateia que marcou presença dançando e pulando sem parar (leia sobre o show aqui).

A dupla baseada em Nova York, formada pelo norte-americano Tucker Halpern e a alemã Sophie Hawley-Weid, tem uma relação bem única com o Brasil. Depois de seu show no Lollapalooza, Halpern parou para conversar com o Omelete sobre o que a dupla achou do show, e ainda sobre a criação de sua peculiar sonoridade e os planos de retorno ao país. Leia a entrevista abaixo. 

Sofi Tukker nasceu quando os dois músicos ainda estavam na faculdade, em Rhode Island, mas antes de se conhecerem, os integrantes criavam sons absolutamente diferentes: "Sophie era uma artista de bossa nova acústico e eu era um DJ de house. Quando eu vi a apresentação dela eu percebi que ela era ótima, mas eu achei meio entediante (risos). Pensei que poderíamos transformar aquilo em dance, e começamos a fazer música naquele mesmo dia", relembrou Tucker; "começamos a trabalhar juntos antes de nos tornarmos amigos". 

Então a dupla criou o som que tem até hoje, que é uma mistura bem clara do que Tucker descreveu, uma bossa nova com toques de house e dance. A sonoridade funciona tão bem, em parte, pelo processo absolutamente colaborativo: "Nós fazemos absolutamente tudo juntos, a ponto de que quando terminamos ela diz 'eu fiz essa linha de baixo' e eu digo 'não, eu que fiz!'. A gente esquece, nem sabe. Fazemos absolutamente tudo juntos e se um de nós não ama o resultado, ele vai para o lixo". Além disso, cada um traz a sua influência única para o som: "Temos referências completamente opostas, e acho que isso funciona, isso que faz ficar divertido e interessante".

A relação com o Brasil

Tucker destaca as influências de Sophie, já evidenciando que a influência brasileira vem dela: "Ela gosta de coisas que eu não conheço nada, especialmente de jazz e bossa nova. Ela gosta de Gilberto Gil, Caetano Veloso. Eu cresci ouvindo rap e punk e hoje sou uma pessoa do house". 

As influências de Sophie ajudam a entender porque o Sofi Tucker faz músicas em português, como é o caso de "Drinkee" e "Energia": "Ela ama o som da língua brasileira. Toda vez que ela vê uma chance de falar português ela se ilumina. Ela se mudou para cá há uns seis anos e ficou um semestre no Brasil, morando no Rio, e ficou absolutamente apaixonada pelo país". 

O amor pelo país também já cria expectativa pela volta do grupo, que diz ter se sentido no paraíso no Lollapalooza: "O festival foi tão bom, tão incrível... Tinham muito mais pessoas que nós achávamos que teria para aquela hora do dia, e todo mundo estava se mexendo, dançando, pulando sem parar, estavam com a gente a todo momento. Estávamos no paraíso, foi realmente incrível". 

Ao relembrar a passagem pelo país no ano passado, Tucker diz que a ideia veio de Sophie, e desde então, a banda sempre quer voltar: "Ela me deixou tão animado para vir para cá, e quando viemos foi o melhor fim de semana de nossas vidas. Nós ficamos tão animados para voltar naquela época e agora conseguimos. E agora esperamos voltar mais em breve ainda!"

Sofi Tukker lançará o seu primeiro álbum completo, Treehouse, em 13 de abril. 

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